quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

GINÁSTICA NA PRAIA É ATRAÇÃO EM IMBÉ

Ginástica na Praia é atração em Imbé


     Os veranistas que participam do projeto contam com a ajuda e o alto astral do professor de Educação Física Ronaldo Cardoso Batista o Professor (Nado).




     Nesta temporada de veraneio, a Secretaria de Saúde de Imbé está oferecendo aos banhistas e frequentadores da beira-mar atividades físicas como a Ginástica na Praia. As atividades ocorrem de sexta a domingo, das 10h às 11h, e a tarde das 18h às 19h, em frente ao Posto de Saúde da Beira Mar entre as Av. Santa Rosa e Garibaldi.
     Os veranistas que participam do projeto contam com a ajuda e o alto astral do professor de Educação Física Ronaldo Cardoso Batista, que agita quem está na areia. Segundo Ronaldo, verão é sinônimo de sol, mar e natureza, mas alguns cuidados devem ser tomados. “É sempre bom usar protetor solar em abundância e beber muita água. Vale também lembrar que, se uma pessoa fica muito tempo sem realizar atividades físicas, deve se cuidar e respeitar os limites de seu organismo, fazer aquecimentos e alongamentos antes das atividades é fundamental”, alerta o professor.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

FAMÍLIA E APRENDIZAGEM ESCOLAR NAS CRIANÇAS DE 3ª SÉRIE DA ESCOLA MUNICIPAL DOM PEDRO I DA CIDADE DE TRAMANDAÍ

RONALDO CARDOSO BATISTA
FAMÍLIA E APRENDIZAGEM ESCOLAR NAS CRIANÇAS DE 3ª SÉRIE DA ESCOLA MUNICIPAL DOM PEDRO I DA CIDADE DE TRAMANDAÍ

Monografia apresentada ao Curso de Educação Física da Faculdade Cenecista de Osório, Rio Grande do Sul, como requisito parcial para obtenção do grau de
Licenciado em Educação Física

Orientador: Fabiano Bossle.
OSÓRIO, 2004

RESUMO

     Esta é uma obra que servirá de instrumento de leitura e pesquisa na área da educação, com o intuito de esclarecer e não de solucionar o problema de aprendizagem em nosso país.
     Abordei no texto alguns procedimentos que retratam a família e a aprendizagem escolar, dando continuidade através de entrevistas, observações e questionários para mostrar como ocorre esta relação entre a família e o processo de aprendizagem.
     Encontrei muitos obstáculos, dificuldades de relacionamento entre família e escola, problemas de disciplina com alunos, e vi o quanto o acompanhamento da família é importante no desenvolvimento educacional da criança.
     Palavras-chave: Família, aprendizagem escolar, séries iniciais do ensino fundamental.

INTRODUÇÃO
      Tendo em vista que o presente trabalho trará ao conhecimento de todos a relação família e aprendizagem escolar, tratarei de mostrar como ocorre a relação entre família e o processo de aprendizagem.
     Tenho como objetivo geral verificar a importância da família na aprendizagem escolar, e como objetivos específicos oferecer aos pais uma oportunidade para que reconheçam sua importância na escola, oportunizar aos alunos vivências extra-curriculares que servirão como bagagem educacional para seu futuro, sendo tido como um projeto educacional que servirá de instrumento de leitura e pesquisa a todos dentro do âmbito escolar.
     Através deste trabalho procuro esclarecer o que de fato não conhecemos totalmente, clarear idéias, esclarecer dúvidas, podendo contribuir positivamente com o ensino em nosso país.
     Apresento como justificativa para a realização deste trabalho inquietações que surgiram através de alguns trabalhos e observações que foram realizados em escolas de ensino fundamental, podendo perceber que turmas de terceira série apresentavam um bom rendimento escolar tanto na teoria quanto na prática, assunto este um tanto quanto pertinente, mas, muito enriquecedor me instigou a realizar este trabalho de pesquisa que acredito será de
suma importância nesta fase da área educacional aonde a criança desperta em si o estímulo do saber aprender.
     Procuro mostrar a realidade das crianças na sua vida familiar, quais suas capacidades, diferenças e atitudes que possam influenciar em sua rotina escolar, o acompanhamento e a participação do pai, da mãe, dos avós, ou seja, de toda a família que serviria como base para um bom aprendizado escolar, acreditando que a criança que é estimulada em casa poderá apresentar respostas mais satisfatórias no ensino, e que todo o pai, toda a mãe ou responsável pela educação da criança tem o direito e o dever de orientar e acompanhar seus filhos na escola. Durante o processo pedagógico de aprendizagem e ao longo do crescimento da criança até sua fase de adolescência, pois, segundo os cinco incisos do artigo 53 do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990):

  •  “Garantem direitos de acesso e permanência na escola”;


  •  "De “Ser respeitado por seus educadores”;


  •   De poder “Contestar critérios avaliativos”;


  •  "Recorrendo se for o caso “As instância superiores”


  •   E o “Acesso a escola pública e gratuita próxima de sua residência”.

     Sendo que estes direitos deverão ser exigidos e os deveres cumpridos para que a criança ou adolescente tenha um bom desempenho escolar, e condições necessárias para tal.

DEFINIÇÕES DOS TERMOS EMPREGADOS
Para uma melhor compreensão do leitor utilizarei as seguintes definições de termos.

APRENDIZAGEM
     Segundo Barbanti (1994), “[...] é a melhora relativamente permanente ao comportamento como um resultado da prática ou experiência. Ela é inferida pelo comportamento ou performance da pessoa e não observada diretamente”.

CONHECIMENTO
     Para Barbanti (1994), “é o acesso de informações conservadas e entendidas (assimiladas) por um indivíduo ou por uma cultura. É o resultado de saber ou conhecer, qualquer experiência de participação, observação, leitura ou pensamento pode se tornar parte do conhecimento. Simples chama-se apreensão, e o mais complexo chama-se compreensão ou entendimento”.

ESCOLAR
     Segundo Ferreira (1986), “é relativo a escola: problemas escolares, próprio para ser usado em escola, no ensino, material escolar, destinado especialmente as escolas”.

FAMILIAR

     Para Ferreira (1986), “é respeitante à, ou próprio da família, doméstico, familiar: ambiente familiar”.

 INFLUÊNCIA
     Ferreira (1986) fala que “é a ação que uma pessoa ou coisa exerce sobre outra”.

REVISÃO DE LITERATURA
     Muitos autores falam sobre educação e família, vamos conhecer mais sobre este assunto que é muito importante para o desenvolvimento do ser humano através de algumas literaturas estudadas.
     Morin (2002), vê a sala de aula como “[...] um fenômeno complexo, que abriga uma diversidade de ânimos, culturas, classes sociais e econômicas, sentimentos... um espaço heterogêneo”.
     Na escola complexo causa estranhamento. Algo complicado, difícil de assimilar, principalmente em séries iniciais. As dificuldades sempre estarão presentes em nossa vida, vivemos e agimos conforme o tempo em que vivemos, e gradativamente vamos aperfeiçoando nossos conhecimentos de acordo com a realidade de cada época.
     Souza (1997), diz que “cada época e cada grupo social tem seu repertório de criações materiais e formas de discursos que funcionam como um espelho que reflete e retrata o cotidiano”.
     Desta forma poderemos trabalhar com as crianças temas atuais, como formação, avaliação pedagógica diferenciada, desenvolvimento, e através da competência mobilizar um conjunto de recursos, capacidades, saberes e informações que o profissionalismo, e a formação profissional dos educadores também está relacionada a competência, quem assume uma sala de aula sabe das dificuldades que irá encontrar.
     Para Coll (2002), “não se pode separar o que cabe ao professor – as aulas – do que é responsabilidade dos alunos – o conhecimento prévio e a atitude”.
     A responsabilidade de um tornar-se dever do outro, com o professor ministrando as aulas de acordo que alcance seu objetivo é também o interesse de toda a classe. O aluno estará disposto a realizar o que o professor lhe propor.
    Segundo Coll (2002), “se o conteúdo do trabalho tiver relação com a vida do aluno o êxito será maior”.
    Trabalhamos relacionados com assuntos pessoais já vivenciados pelos alunos, prendem mais a concentração e trazem melhores resultados e conhecimentos para estes alunos, principalmente sendo temas novos e de fácil assimilação.
     A família precisa se fazer presente, assim como outras instituições que fazem parte desse universo, para que a criança atinja os objetivos fundamentais durante o processo pedagógico de sua formação.
     Nóvoa (2002), diz que “o aprender contínuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente”.
     A idéia tradicional do aprender contínuo ou formação continuada é de que se dá apenas por decisões individuais e em ações solitárias, mas, podemos afirmar que é um trabalho coletivo e que as experiências devem ser vividas e exercidas, o aprender se dá através dos conhecimentos adquiridos ao longo de toda a vida, devemos sempre nos atualizar, e procurar trabalhar a teoria e a prática simultaneamente.
     Para Toro (2002), “a escola é apenas um dos ambientes em que ocorre a aprendizagem. A família, os amigos, a igreja, os meios de comunicação, as empresas, são outras importantes fontes de conhecimento para os indivíduos”.
     O conjunto de conhecimentos desta forma nos trará a possibilidade da construção das sociedades através dos conhecimentos, práticas, valores, habilidades e tradições adquiridas e compartilhadas, com o passar dos tempos estes conceitos poderão ser trabalhados, analisados, aplicados com maior facilidade e com um melhor compreendimento. Com tantas idéias, pensamentos, teorias a respeito da educação escolar, procuro lançar mais um desafio, que é o de mostrar como ocorre a relação entre a família e o processo de aprendizagem, aonde a família se encaixa, auxilia, ajuda, participa, freqüenta, cobra ou critica quando é chamada na escola, se participa ou vem a escola voluntariamente. Enfim, como é realizado todo este processo educativo.

METODOLOGIA
     O trabalho referido será realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Pedro I, com uma turma de 3ª série. Serão selecionadas dez crianças, cinco das quais os pais participam ativamente dos afazeres escolares dos alunos, inclusive freqüentando a escola, e cinco das quais não participam.
     Utilizarei como critério para a escolha das crianças observações feitas em sala de aula, recreio, e de um relatório fornecido pela professora titular da turma.
     Trabalharei com crianças de classe média baixa, que moram em uma zona urbana de baixo poder aquisitivo, onde estas crianças demonstram ser um tanto quanto agressivas umas com as outras, mas, que demonstram também uma afetividade muito grande para com o professor.
     Como metodologia para a realização e aplicação deste trabalho, utilizarei entrevistas com os pais, questionário com a professora titular da turma, observações feitas em sala de aula, recreio, aulas de educação física e na hora da merenda.

ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES E DADOS COLETADOS
     É com grande vontade, e também com preocupação que venho mostrar a realidade escolar e a influência da família na escola. Através das observações pude diagnosticar que na grande maioria dos alunos falta o acompanhamento dos pais ou responsáveis, segundo a professora da turma “falta interação entre professores e pais, devido a falta de interesse dos mesmos em estarem presentes na escola”.
     Como se não bastasse a escola o dever de manter o interesse e a atenção para que o aluno permaneça em sala de aula, teriam também que ter a obrigação de realizar atividades para que os pais possam comparecer a escola; acredito que esta obrigação se deve aos pais, e ao professor cabe as aulas, educando e formando cidadãos dignos e capazes.
     Os pais comparecem na escola por inúmeros motivos, em reuniões em que são chamados para discuti o processo pedagógico e a filosofia educacional, ou na maioria das vezes para tratar de problemas relacionados ao próprio aluno. Neste caso em que os pais são chamados na escola dá-se por extrema urgência ou em último caso, pois a família quando leva seu filho para a escola deve confiar na competência da mesma para resolver problemas de comportamento ou dificuldades que o aluno venha a apresentar.
     Sayão (2002), diz que “o pai que freqüenta as reuniões pedagógicas e acompanha a proposta da escola, este sim pode ajudar e muito. Sua presença é um sinal de seu interesse”.
     Assim posso dizer que os pais que participam mais efetivamente das reuniões tem um conhecimento melhor dos deveres e obrigações da família e do aluno, podendo dessa forma incentivar seu filho para que vá até a escola, organizando o tempo que a criança tem para estudar estará ajudando, a escola se encarrega do resto.
     Pude perceber que quando a criança chega a 3ª série do ensino fundamental, cai na realidade, e começa a valorizar mais os critérios de aprendizagem, talvez perceba que está ficando para trás e começa a dar mais valor as aulas e atenção ao professor, mas o que muitas vezes acontece é que estas mesmas crianças vem de séries iniciais com uma bagagem muito pequena de conhecimento, ou seja, a criança tem vontade de aprender, mas por não entender se sente inibida e cala-se.
     A maior desta culpa podemos atribuir aos professores anteriores. Sowaya (1997, p.47-48) nos diz que:
     Diante da impossibilidade de comunicação, as crianças tem deposto suas armas ou buscando em vão se utilizar da gestualidade, dos gracejos, das piadas, dos jogos verbais, recursos que em seu lugar de origem procuram conquistar o interlocutor.
     O professor não se dá conta que a criança está com dificuldade de aprendizagem, e prefere a rotular como bagunceira, desordeira, aluno-problema.
     Normalmente estas crianças repetem freqüentemente de ano, mais um motivo que o professor encontra para massacrar o aluno com dificuldades.
     Sowaya (1997, p.47), diz que:
     Se os índices de reprovação e evasão escolar são a causa do fracasso escolar, as suas causas estão sendo buscadas no lugar errado, olhando as crianças, conforme a sua imagem e semelhança, o professor não tem ouvidos, e o seu olhar, turvo pelo preconceito, tem virado as costas a fala, a narrativa dessas crianças.
     Volto a teoria de que o professor é o maior responsável pelo insucesso da criança no seu desempenho escolar, não é somente o único, a família e a comunidade também estariam inseridas neste meio onde a criança se localiza, mas o professor que deveria ser o ponto de referência do aluno na escola na maioria das vezes está faltando, ou talvez não esteja se aperfeiçoando para poder lidar melhor com estas crianças.
     Sowaya (1997, p.48) nos diz que:
     O professor desacostumado a “arte de intercambiar experiências”, de ouvir histórias recusa a possibilidade da comunicação, e as crianças voltam para o bairro, para a rua, onde sua existência e sua experiências podem fazer sentido.
     Souza (1997, p.27) nos diz ainda que:
     Ao retomar para si o olhar e as palavras impregnadas de sentido que o outro lhe transmite, a criança acaba por construir sua subjetividade a partir dos conteúdos sociais e afetivos que este olhar e estas palavras lhe revelam.
     Se o professor, a família e todo o processo pedagógico que envolve a educação escolar e social desta criança falharem, não poderíamos atribuir a culpa a estes jovens que em suas jovens vidas já enfrentam muitos problemas pessoais e afetivos. Devemos é sair do anonimato e reconhecer que o aluno tem sim uma parcela de culpa em seu fracasso escolar e sua formação educativa, mas, que a fatia maior deste bolo cabe a nós professores e família.
     Quando o aluno não encontra na escola uma saída para seus problemas, muitas vezes ele repete de ano e a evasão escolar é quase certa, a ele resta a família, que tinha na escola a certeza de uma boa educação, na falta da família poderá contar com ele mesmo e com a sociedade, que irá a partir daí ditar as regras para seu futuro.
     Souza (1997, p.26), acrescenta ainda:
     As crianças não conseguem escapar das suposições preconceituosas que a sociedade de classes lhe transmite, as quais, modelando suas atitudes e comportamentos, acabam por perpetuar a discriminação e a injustiça social.
     Assim a escola torna-se o ponto fundamental para o crescimento e o desenvolvimento da criança, para que esta se torne um cidadão digno e responsável de seus deveres e obrigações, e isto não acontece.
    O mesmo acabaria por se tornar um indivíduo impregnado de amarguras e preconceitos que esta mesma sociedade lhe transmitiu, sendo assim sua imagem e semelhança.
    Através de entrevistas com alguns pais que foram convidados a irem até a escola responder algumas perguntas para contribuir na elaboração deste trabalho, pude ter uma idéia mais clara da relação família, sociedade e escola. O interessante foi que somente mães compareceram.
    A região onde elas moram é de classe média baixa, a maioria disse que gosta de morar ali, e residem aproximadamente a mais de dez anos. Uma que está morando a pouco tempo respondeu que não gosta do bairro nem da cidade. Todos se relacionam bem com os vizinhos, até por se conhecerem a bastante tempo.
    Seus filhos sempre tem o acompanhamento de um responsável para ir até a escola, com exceção de uma que vai sempre com os colegas. O desempenho escolar foi unânime, todas revisam cadernos, algumas desde a pré-escola, e outras ainda conversam com o professor.
    Chego aqui a um ponto muito importante na realização deste trabalho, o acompanhamento da família com os deveres escolares dos alunos. Estes mesmos alunos dos quais as mães foram entrevistadas apresentaram uma melhora significativa no aprendizado,fazendo os deveres e se comportando nas aulas.
    Em casa, como já era esperado, seus comportamentos variam, cada criança responde a um estímulo diferenciado, umas são mais agitadas, outras menos, são responsáveis com o horário de aula e todos são muito cuidadosos com os materiais que são utilizados na escola.
    As mães que participaram da entrevista são as que costumam acompanhar seus filhos até a escola, participam das reuniões, festas e eventos, estão sempre preparadas a ajudar. Percebi que gostam de ajudar, de serem úteis, mas, somente participam quando são chamadas ou solicitadas. Sinto que falta ainda para os pais acreditarem mais em si mesmos, terem coragem de dar idéias, opiniões ou sugestões.
    Oliveira (2002, p.17), diz que “a escola se torna legalmente a responsável pela continuidade do processo educativo desenvolvido anteriormente na família e, ao mesmo tempo, parte de um processo maior chamado educação”.
    Na visão dos pais a escola deveria dar uma continuidade na educação da criança, mas na realidade elas não vem preparadas para este mundo exterior. A família e a escola que deveriam trabalhar em parceria para dar continuidade nesse processo, acabam por entrar em atrito, gerando uma forte queda de braço entre as duas instituições educacionais mais importantes.
    Através da professora titular da turma, Janice Neves, conseguimos enriquecer aindamais este trabalho, com suas informações, relatos, e com uma experiência de mais de dz anos no magistério aprendemos que a prática e a experiência são fundamentais na formação profissional do professor.
    Tendo como objetivo, procurar solucionar os problemas do dia-a-dia, que são problemas tanto sócio-econômicos, como afetivos,ela vê a necessidade de uma maior integração entre professores e pais, mas acredita que a falta de interesse dos mesmos em estarem presentes na escola seja a causa do não comparecimento, procura aos poucos conseguir esta interação com participações mais efetivas com atividades onde há um entrosamento entre pais e professores.
    Na colocação do parágrafo acima vimos que a escola volta a fazer o papel de incentivador não somente da permanência da criança na escola, como também o de trazer os pais para a escola. Acredito que a escola tem o dever de realizar encontros através de festas e datas comemorativas entre os pais e a escola, mas volto a insistir que o interesse maior deveria ser dos pais em se fazerem presentes voluntariamente, e não obrigados.
    Bencini (2003) diz “não parta do princípio que a família precisa ser ajudada pela escola, e sim de que a escola precisa dela”. Por isto parto do pressuposto de que a família se faça presente na escola para que em conjunto e de comum acordo se possam fazer valer os direitos, deveres e obrigações de ambas as partes.
    Para os problemas de aprendizagem a professora nos diz que o procedimento para uma melhora significativa se dá através de trabalhos com atividades que possam sanar as dificuldades apresentadas, como jogos específicos e brincadeiras que possam desenvolver um estímulo a mais.
    O processo de ensino, planejamento, avaliação, é apresentado a todos os pais em reuniões feitas durante o ano letivo, para que estes possam interagir na aprendizagem, auxiliando o professor no processo ensino-aprendizagem.
    Bencini (2003), diz que “não é necessariamente o grau de instrução do pai e da mãe que motiva uma criança ou um adolescente a estudar, mas o interesse em participar de suas lições de casa e da vida escolar”.
    A vontade, e o interesse dos pais com o filho dá um apoio maior para a criança ou adolescente não fraquejar diante de situações novas ou inesperadas. Acredito que esta relação deveria ocorrer com mais freqüência, o aluno necessita se apegar a um suporte em que possa confiar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
     Vivemos em um mundo aberto e grande, mas quando participamos realmente deste mundo notamos que tudo aquilo que sabemos ou acreditamos se torna tão pouco ao redor deste imenso mundo.
     Assim é a escola, quanto mais participamos, mais aprendemos. Acredito que os objetivos deste trabalho foram alcançados, trabalhei incansavelmente com a ajuda de várias pessoas, observando, entrevistando, perguntando, questionando, mas, também ajudando, colaborando, facilitando e esclarecendo novas idéias e conceitos.
     Posso dizer que a família é essencial na educação da criança, e afirmo também que sua influência é fundamental para a continuidade deste processo de aprendizagem. As escolas estão carentes de famílias que queiram participar e contribuir para o crescimento educacional de nosso país.
     Não generalizo o problema família e aprendizagem escolar, pois existem famílias que não comparecem a escola, e nem por isso quer dizer que o aluno tenha um rendimento abaixo da média, mas isso já se torna exceção.
     Provavelmente outros estudos serão realizados nesta área, deveríamos nos aprofundar mais no assunto, o campo é vasto e a realização de novas descobertas é que nos instiga cada vez mais a continuar a busca pelo conhecimento.
     Tornei-me educador, aprendi e ensinei muito, construí novos conceitos e paradigmas, o caminho foi longo e cansativo, mas muito gratificante, por isto lembro de um pensamento de Freire (1987, p.68), que nos diz:
     O educador já não apenas educa, mas, o que enquanto educa, é educado, em diálogo com o educado que, ao ser educado, também se educa. Ambos assim, se tornam sujeitos do processo em que crescem juntos e em que os argumentos de autoridade já não valem.
     Deste modo, os sujeitos tornam-se cúmplices da educação, que ao ser educado, educam novos sujeitos, que ao educar-se conseguem andar em sintonia e no mesmo patamar do educador, através da aprendizagem escolar e educação familiar este processo torna-se possível.

REFÊRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBANTI, Valdir J. Dicionário de Educação Física e do esporte. 1 ed. Mande, 1994.
BENCINI, Roberta. Atrair os pais para a escola. Revista do Professor, Porto Alegre, n. 166, p. 38-39, out. 2003.
BRASIL. Lei Federal n° 8069. Estatuto da Criança e do Adolescente. 13 de julho de 1990.
COLL, César. Revista do Professor, Porto Alegre, n.154, p.154, ago. 2002.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2 ed. São Paulo: Nova Fronteira, 1986.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
MORIN, Edgar. Revista do professor, Porto Alegre, n.154, p.21, ago. 2002.
NÓVOA, Antônio. Revista do Professor, Porto Alegre, n.154, p.23, ago. 2002.
OLIVEIRA, Lélia de Cássia F. Escola e família numa rede de (des)encontros: um estudo das representações de pais e professores. Taubaté: Cabral Editora e Livraria Universitária, 2002, 148 p.
PERRENOUD, Philippe. Revista do Professor, Porto Alegre, n.154, p.22, ago. 2002.
SAYÃO, Rosely. Revista TV Escola, n.28, p. 40-42, ago./ set. 2002.
SOUZA, Solange Jobim E. A criança e seu desenvolvimento: perspectiva para se discutir a educação infantil. Zilma Moraes Ramos de Oliveira (org.). 2 ed. São Paulo: Cortez, 1997.
SOWAYA, Sandra Maria. A criança e seu desenvolvimento: perspectiva para se discutir a educação infantil. Zilma Moraes Ramos de Oliveira (org.). 2 ed. São Paulo: Cortez, 1997.
TORO, Bernardo. Revista do Professor, Porto Alegre, n.154, p.25, ago. 2002.

 ANEXO
LISTA DE CHAMADA DA 3ª SÉRIE
  • Abimael Pinheiro da Rosa
  • Amanda Pereira da Cunha
  • Andressa Pare Moller
  • Angélica da rosa Correia
  • Bianca de Souza Damiani
  • Cainan Josué da Silva Guimarães
  • Carlos Lucas Correa da Silva
  • Eduardo Ferreira
  • Eliezer José da Rosa Correia
  • Eliseu Zembruski Batista
  • Elizandra Silveira de Lima
  • Franciele Pereira da Silva
  • Gabriel Alves Davis
  • Janice da Silva
  • Jéferson dos Santos Gonçalves
  • Jéssica Trevisan de Souza
  • Karina de Vargas Ramos
  • Luana Moraes de Oliveira
  • Lucas Buhnert
  • Maria Paula Alexandre Alves
  • Matheus Custódio Goulart
  • Norberto Alexandre Alves
  • Paulo Roberto Ferreira Júnior
  • Paulo Samuel Farias Ribeiro
  • Tainá Liska da rosa Coelho
  • Telmo Hhenrique Alves dos Santos
  • Thaua da Rosa Vilela
  • Thiago da Silva Santos

APÊNDICES
ENTREVISTA COM OS PAIS
Mãe: Neli Bühnert
Aluno: Lucas Bühnert

1- A quanto tempo você mora aqui?
09 anos.
2- Você gosta de morar aqui?
Gosta.
3- Como é o relacionamento com os moradores vizinhos?
Normal.
4- Como seu(a) filho(a) vai até a escola?
Leva e traz.
5- Como você acompanha o desempenho escolar de seu(a) filho(a)?
Todos os dias olha os cadernos e conversa com professores.
6- Como ele é em casa?
Não pára em casa.
7- No que diz respeito as coisas de colégio, materiais, provas, temas, horários, etc..., como ele(a) se comporta?
As vezes chama, as vezes levanta sozinho, mostra os cadernos e vai brincar.
8- O que você acha do trabalho realizado pelos amigos da escola?
Útil, necessário.
9- Se a escola implantasse um trabalho semelhante e este fosse voltado para ajudar o aluno(a) com dificuldades de aprendizagem na escola, o que você me diria?
Bom, se fosse necessário ajudaria.
10- Você participa das reuniões na escola? Por quê? E o que pensa destas reuniões?
Participa, bom e interessante.

Mãe: Teresinha Alves dos Santos
Aluno: Telmo Henrique

1- A quanto tempo você mora aqui?
09 anos.
2- Você gosta de morar aqui?
Eu adoro morar.
3- Como é o relacionamento com os moradores vizinhos?
Bom.
4- Como seu(a) filho(a) vai até a escola?
Só trago.
5- Como você acompanha o desempenho escolar de seu(a) filho(a)?
Desde a primeira eu sempre acompanho os materiais.
6- Como ele é em casa?
Ele é agitado.
7- No que diz respeito as coisas de colégio, materiais, provas, temas, horários, etc..., como ele(a) se comporta?
Tem que chamar sempre, cuida dos materiais. Ele é muito cuidadoso com os materiais, sempre faz os temas.
8- O que você acha do trabalho realizado pelos amigos da escola?
Amigos da escola é útil.
9- Se a escola implantasse um trabalho semelhante e este fosse voltado para ajudar o aluno(a) com dificuldades de aprendizagem na escola, o que você me diria?
Acha que gostaria de ajudar.
10- Você participa das reuniões na escola? Por quê? E o que pensa destas reuniões?
Participo de todas, acho muito útil.

Mãe: Rosa Maria
Aluno: Janice da Silva

1- A quanto tempo você mora aqui?
03 anos.
2- Você gosta de morar aqui?
Não gosta.
3- Como é o relacionamento com os moradores vizinhos?
Bom.
4- Como seu(a) filho(a) vai até a escola?
Vem com a colega.
5- Como você acompanha o desempenho escolar de seu(a) filho(a)?
Olha os cadernos.
6- Como ele é em casa?
Bem educada, calma.
7- No que diz respeito as coisas de colégio, materiais, provas, temas, horários, etc..., como ele(a) se comporta?
Chama, mas é responsável com os materiais.
8- O que você acha do trabalho realizado pelos amigos da escola?
Útil.
9- Se a escola implantasse um trabalho semelhante e este fosse voltado para ajudar o aluno(a) com dificuldades de aprendizagem na escola, o que você me diria?
Participaria.
10- Você participa das reuniões na escola? Por quê? E o que pensa destas reuniões?
Participa, as vezes são meio chatas.

Mãe: Rosana Rosa da Silva
Aluno: Tahuã da Rosa Vilela

1- A quanto tempo você mora aqui?
Aproximadamente 20 anos.
2- Você gosta de morar aqui?
Muito.
3- Como é o relacionamento com os moradores vizinhos?
Bom.
4- Como seu(a) filho(a) vai até a escola?
Vem com a irmã dele.
5- Como você acompanha o desempenho escolar de seu(a) filho(a)?
Olho os cadernos todos os dias.
6- Como ele é em casa?
Calmo, educado, querido e carinhoso.
7- No que diz respeito as coisas de colégio, materiais, provas, temas, horários, etc..., como ele(a) se comporta?
Chama todos os dias porque fica ata tarde acordado. Bem cuidadoso.
8- O que você acha do trabalho realizado pelos amigos da escola?
Muito importante.
9- Se a escola implantasse um trabalho semelhante e este fosse voltado para ajudar o aluno(a) com dificuldades de aprendizagem na escola, o que você me diria?
Acho muito bom, eu participaria.
10- Você participa das reuniões na escola? Por quê? E o que pensa destas reuniões?
Participo, quando posso, mas acho importante.

Mãe: Elélia Rejane Ferreira dos Santos
Aluno: Jéferson dos Santos Gonçalves

1- A quanto tempo você mora aqui?
Moro há 10 anos.
2- Você gosta de morar aqui?
Eu adoro.
3- Como é o relacionamento com os moradores vizinhos?
Bom.
4- Como seu(a) filho(a) vai até a escola?
Eu trago e levo.
5- Como você acompanha o desempenho escolar de seu(a) filho(a)?
Desde o pré eu revisto o caderno todo dia.
6- Como ele é em casa?
Ele é agitado em casa e na escola.
7- No que diz respeito as coisas de colégio, materiais, provas, temas, horários, etc..., como ele(a) se comporta?
Ele levanta sozinho. Ele é cuidadoso com os materiais, e mostra o caderno para mim.
8- O que você acha do trabalho realizado pelos amigos da escola?
É útil.
9- Se a escola implantasse um trabalho semelhante e este fosse voltado para ajudar o aluno(a) com dificuldades de aprendizagem na escola, o que você me diria?
Eu acho bom, gostaria de ajudar.
10- Você participa das reuniões na escola? Por quê? E o que pensa destas reuniões?
Participo de todas, acho muito bom.

ENTREVISTA COM A PROFESSORA
Janice Gonçalves Neves.

1- Me fala da tua formação.
Minha formação foi bastante importante para min, deu-me oportunidade de conhecer os diferentes métodos de ensino, a dificuldade que o professor enfrenta diante de problemas de aprendizagem, as causas e conseqüências que isso pode interferir na aprendizagem e agir diante de tais problemas.

2- Me diz a quanto tempo tu estás na escola.
Estou a 11 anos na mesma escola. Somos um grupo bastante unido, com objetivos em comum, procurar solucionar os problemas que enfrenta. Mas no dia-a-dia, que são problemas tanto sócio-econômicos, quanto afetivos.

3- Como tu percebe a relação entre as escolas e as famílias?
Sinto a necessidade de maior interação entre professores e pais, isso se deve a falta de interesse dos mesmo, em estarem presentes na escola. Mas aos poucos vamos conseguindo esta interação com participações mais efetivas com atividades onde há um entrosamento entre pais e professores.

4- Como tu procede com alunos com problemas de aprendizagem?
Trabalho com atividades que possam sanar as dificuldades apresentadas, como jogos específicos para dificuldades apresentadas, brincadeiras.

5- Em que momentos a família vem a escola?
Quando são chamados na escola, para resolver problemas de seus filhos e quando envolve atividades com brincadeiras ou para homenageá-los. A grande maioria precisa ser estimulada para comparecer na escola.

6- O processo de ensino, planejamento, avaliação é apresentado a todos os pais?
É apresentado nas reuniões feitas durante o ano letivo, para que possam interagir na aprendizagem, auxiliando o professor no processo ensino-aprendizagem.









sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

NOVAS TENDÊNCIAS EM AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICAS

NOVAS TENDÊNCIAS EM
 AVALIAÇÃO E PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADES FÍSICAS

Elida de Oliveira Saraiva

Michele Rosner

Ronaldo Cardoso Batista
 
Flexibilidade - Conceitos
 
     “Qualidade motriz que depende da elasticidade muscular e da mobilidade articular expressa pela máxima amplitude de movimento necessária para execução de qualquer atividade física, sem que ocorra lesões anatomopatológicas”(ARAÙJO,1987).
     “É a qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem riscos de provocar lesão.”(DANTAS).
     “Capacidade de movimentar as partes do corpo, através de uma ampla variação de movimentos sem distensão excessiva das articulações e ligamentos musculares.”(GETTMAN,1994 citado por FARIAS JUNIOR & BARROS, 1998).
     “Capacidade de movimentar as partes do corpo, através de uma ampla variação de movimentos sem distensão excessiva das articulações e ligamentos musculares.”(GETTMAN,1994 citado por FARIAS JUNIOR & BARROS, 1998).
     “É a capacidade e a característica de um atleta de executar movimentos de grande amplitude, ou sob forças externas, ou ainda que requeiram a movimentação de muitas articulações.”(WEINECK,1999, p.470).
     “É a qualidade física que condiciona a capacidade funcional das articulações a movimentar-se dentro dos limites ideais de determinadas ações”(TUBINO,1984,p.181).
     “É a amplitude máxima passiva fisiológica de um dado movimento articular.”(ARAUJO,1999,p.26).
 
Amplitude De Movimento
“Dimensão do deslocamento do corpo ou de seus segmentos entre certos pontos, de orientação convencionalmente escolhida, expressada em graus e unidades lineares”(FANALI,1981, p.49).
 
Mobilidade
     Refere-se à amplitude de movimento permitida pela articulação em função de seus diversos componentes.
 
  Elasticidade
     Diz-se à capacidade de extensão elástica dos componentes.
 
Plasticidade
     É a capacidade dos elementos articulares de se distenderem e não retornarem à sua medida inicial. Em parte, no caso dos componentes articulares, a deformação é apenas temporária, porém, uma pequena parte das deformações plásticas ocorridas como resultado do treinamento de flexibilidade de alta intensidade são irreversíveis.
 
Porque a Flexibilidade é Importante?

  • Para aumentar a qualidade e a quantidade dos movimentos;
  • Para melhorar a postura corporal;
  • Para diminuir os riscos de lesões;
  • Para favorecer a maior mobilidade nas atividades diárias e esportivas.
A Flexibilidade Como Valência Física Ou Componente Da Aptidão Física

     É considerada como um importante componente da AFRS – Aptidão física relacionada a saúde (ACHOR JUNIOR, 1994; 1996; NAHAS, 1989; GUEDES&GUEDES, 1985) e do desempenho atlético (MATHEWS, 1980; HIGAJO e tal., 1991; WEINECK, 1999).

Eficiência Anatofisiológica

Influência dos diferentes tipos de tecidos na flexibilidade

  • Cápsula articular 47%
  • Músculos 41%
  • Tendões 10%
  • Pele 02%
  • (JONHS & WRIGHT, 1962)
Ligamentos
Tem baixo coeficiente de elasticidade e alto coeficiente de plasticidade.

Tendões
Tem baixo coeficiente de elasticidade e de plasticidade.

Músculos
     Tem alto coeficiente de elasticidade, principalmente quando trabalhados para tal. Obs.: Geralmente quando os limites são superados em seus coeficientes de elasticidade e plasticidade, causa o rompimento das estruturas e o surgimento de lesões.

Fatores Que Limitam a flexibilidade

Influências Internas



  • Tipo de articulação;
  • Resistência interna da articulação;
  • Estrutura óssea que limita o movimento;
  • Elasticidade do tecido muscular;
  • Elasticidade dos tendões e ligamentos;
  • Elasticidade da pele;
  • Habilidade do músculo de contrair e relaxar de acordo com a intensidade do movimento;
  • Temperatura das articulações associadas ao tecidos.
Influências Externas



  • Temperatura ambiente;
  • Hora do dia;
  • Idade;
  • Sexo;
  • Roupa ou equipamento inadequados;
  • Nível de condicionamento;
  • Habilidade particular em alguns movimentos;
  • Recuperação da articulação ou músculo após uma lesão.
Quanto a Flexibilidade

  • É bastante específica para cada articulação podendo variar de individuo para individuo e até no mesmo individuo com o passar do tempo;

  • Entre pessoas do mesmo sexo, estatura, idade é completamente diferente em função do genótipo;

  • Mantém-se estável até por volta dos dez anos, ao entrar-se na puberdade, começa-se a perder a flexibilidade paulatinamente, desde que não seja treinada;

  • As mulheres demonstram maiores níveis de flexibilidade do que os homens, se mantendo assim ao longo de toda a vida;

  • Mulheres grávidas apresentam um maior índice de flexibilidade em relação ao estado normal pela influência dos fatores hormonal;

  • É bastante semelhante entre meninos e meninas até os seis ou sete anos de idade, por ai adiante, as meninas tendem a ser mais flexíveis do que os meninos;

  • Decresce com a idade, as perdas mais acentuadas ocorrem a partir dos 30 anos, mais associadas a falta de treinamento do que ao envelhecimento;

  • Após os 40 anos de idade, há novamente um acelerão na perda da flexibilidade que é bastante influenciada por outros fatores, tais como padrões de atividade física e nível de saúde.

Tipos De Flexibilidade

Ativa
É a máxima amplitude que se pode obter através de movimentos efetuados pelos músculos de forma voluntária.

Passiva
É a máxima amplitude articular que se consegue em um movimento através da ação de uma segunda pessoa, aparelhos, força da gravidade, etc.

Amplitude De Movimento Sustentado
Segundo alguns autores é expressa pela maior amplitude que se pode sustentar (manter) após um movimento ativo, manifestando-se em:

Estática
“O componente estático se refere à amplitude máxima de um movimento.”

Dinâmica
“O componente dinâmico refere-se á resistência ou rigidez oferecida ao movimento dentro de uma determinada amplitude.”























































quinta-feira, 17 de dezembro de 2009


RONALDO CARDOSO BATISTA
Graduado em Educação Física
Pós-Graduado em Ciência do Movimento
Atividade Física na Educação e na Saúde

ATIVIDADE FÍSICA NA PREVENÇÃO AO COMBATE AS DROGAS

O QUE É DROGA?

“É qualquer substância, química
ou a mistura delas.
Ou seja, qualquer substância, natural ou sintética, que tem a capacidade de alterar as funções fisiológicas ou de comportamento da pessoa, é considerada como DROGA. (OMS)

QUAIS OS TIPOS DE DROGAS?



NATURAIS
        
Certas plantas contêm drogas psicopáticas, sendo esta matéria-prima usada diretamente como droga ou extraída e purificada. Temos como exemplo os cogumelos e a trombeteira, consumidos sob a forma de chá.

SEMI-SINTÉTICAS
 
São resultados de reações químicas realizadas em laboratórios nas drogas naturais. É o caso da cocaína, da maconha, do tabaco, do álcool. Algumas delas são produzidas em escala industrial, como as bebidas alcoólicas e o cigarro.


SINTÉTICAS
      
São produzidas, unicamente, por manipulações químicas em laboratório e não dependem, para sua confecção, de substâncias vegetais ou animais como matéria-prima. Temos como exemplos o LSD (Ácido Lisérgico) e o Ecstasy. Na categoria de drogas sintéticas incluem-se também os calmantes e os barbitúricos ou remédios para dormir, fabricados pela indústria farmacêutica com finalidade médica.

Quanto há sua legalidade?

LÍCITAS

    Não é crime produzir, usar e nem comercializar. O álcool, o tabaco e a cafeína são as drogas mais consumidas e de uso praticamente universal.

ILÍCITAS

São aquelas cuja produção, a comercialização e o uso são considerados crimes, sendo proibidos por leis específicas. As drogas ilícitas mais consumidas na sociedade brasileira são a Maconha, Cocaína, LSD e o Crack.

QUANTO A SUA AÇÃO NO ORGANISMO?

DEPRESSORAS

Promovem uma redução das atividades cerebrais e uma diminuição de suas ações e das funções orgânicas de um modo geral que deixam as pessoas mais relaxadas. (exemplos: álcool, tranqüilizantes).



ESTIMULANTES

Aumentam a velocidade do processo de ações cerebrais e fazem com que as pessoas se sintam mais alertas, com mais energia, apresentando mais agitação. Há uma aceleração das atividades corporais. (principais exemplos: cocaína, nicotina e cafeína).

ALUCINÓGENAS

Alteram a percepção e o senso de tempo e espaço (principais exemplos: Maconha, Cocaína, LSD, Crack).



 ATIVIDADE FÍSICA NA PREVENÇÃO
AO COMBATE AS DROGAS

POR QUE PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA?

  • Reduz a tensão e ansiedade;
  • Ajuda a controlar o peso;
  • Ajuda a combater a osteoporose, ou seja, a fraqueza dos ossos provocada por perda excessiva da massa óssea;
  • Ajuda no controle da hipertensão;
  • Ajuda a combater os problemas do coração;
  • Ajuda no controle do diabetes. 


ESTIMULA O HORMÔNIO DA ADRENALINA
DA ENDORFINA E DA CREATINA

ADRENALINA

É um hormônio liberado pelas glândulas que ficam sobre os rins (glândulas suprarrenais). A presença no organismo se dá através de um sinal liberado em resposta ao grande estresse físico ou mental, situações de forte emoção como, por exemplo: descida em montanha russa, salto de paraquedas, esportes radicais em geral.
Atua como um neurotransmissor que tem efeito sobre o sistema nervoso simpático, preparando o organismo para um grande esforço físico. Os sintomas característicos da liberação de adrenalina são: suor, vasoconstrição, aumento dos batimentos cardíacos, dilatação das pupilas e brônquios (aumenta a visão e deixa a respiração ofegante), eleva o nível de açúcar no sangue, entre outros.
O aumento dos batimentos cardíacos faz com que o sangue seja bobeado mais rapidamente, esse efeito só ocorre por que os vasos se contraem ficando mais finos (vasoconstrição), acelerando a circulação sanguínea. O problema é que, se alguma artéria que leva sangue ao coração estiver um pouco entupida, o estreitamento agravará o quadro: o sangue não circula e então ocorre a morte de um conjunto de células por falta de oxigênio, mais conhecido como infarto.

ENDORFINA

Você já ouviu falar que exercício vicia?Algumas pessoas realmente são viciadas em atividade física. Esta dependência causada pelo exercício é atribuída às concentrações elevadas de endorfina produzidas por determinados exercícios.
É uma substância natural produzida pelo cérebro durante e depois de uma atividade física que regula a emoção e a percepção da dor, ajudando a relaxar e gerando bem estar e prazer. A endorfina é considerada um analgésico natural, reduzindo o estresse e a ansiedade, aliviando as tensões e sendo até recomendado no tratamento de depressões leves.
Há pessoas que não gostam tanto do exercício, mas, sim da sensação de bem estar de tê-los feito. Assim sendo, a liberação de endorfina que gera a sensação de bem estar, provoca esse estado de plenitude que experimenta o praticante regular de atividade física.
Mas esta liberação de endorfina depende das características da atividade física que estamos praticando. Entretanto, como se trata de um mecanismo provocado pela adaptação do corpo ao exercício, ela vai sendo liberada gradualmente desde o início da atividade.
Algumas pesquisas afirmam que os efeitos da endorfina são sentidos até uma ou duas horas após a sua liberação. Outros estudos observaram aumento das dosagens desse hormônio até 72 horas após o exercício.
 A intensidade e a duração do exercício parecem ser responsáveis pela concentração de endorfina no sangue. Desta forma, se torna importante fazer uma avaliação física antes de iniciar os exercícios, para que você conheça o seu nível de condicionamento físico bem como limiares aeróbio e anaeróbio, e possa trabalhar de forma correta e segura.

CREATINA

Creatina é um composto produzido naturalmente pelo nosso organismo para fornecer a energia necessária aos nossos músculos. É produzida pelo fígado e em seguida é levada pelo sangue para as células dos músculos, onde é convertida em fosfato de creatina. Mais de 95% da creatina do corpo está armazenado dentro das células musculares.

Insista nos exercícios aeróbicos 5x a 6x por semana, na musculação 3x a 5x por semana, sinta esse bem estar.


QUAIS OS TIPOS DE ATIVIDADES FÍSICAS PODEM SER INDICADOS

  • HIDROGINÁSTICA;
  • NATAÇÃO;
  • CICLISMO;
  • CAMINHADA; CORRIDA;
  • GINÁSTICA AERÓBICA; DANÇA;
  • MUSCULAÇÃO; LUTAS;
  • ALONGAMENTOS;
  • (OUTROS)

DROGAS
ALTERAM AS FUNÇÕES FISIOLÓGICAS OU DE COMPORTAMENTO DE UM INDIVÍDUO


PROMOVE UMA REDUÇÃO DAS ATIVIDADES CEREBRAIS


FAZEM COM QUE AS PESSOAS SE SINTAM MAIS ALERTAS, COM MAIS ENERGIA, APRESENTANDO MAIS AGITAÇÃO


ALTERA A PERCEPÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO


SENSAÇÃO DE EUFORIA


MANIA DE PERSEGUIÇÃO


ALTERAÇÃO DA SAÚDE E INTERNAÇÕES


ROUBO


ABANDONO


MORTE





EXERCÍCIOS

REDUZ A TENSÃO E A ANSIEDADE


AJUDA A CONTROLAR O PESO


AJUDA NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO


AJUDA A COMBATER OS PROBLEMAS DO CORAÇÃO


AJUDA NO CONTROLE DO DIABETES


ESTIMULA A ADRENALINA A CREATINA E A ENDORFINA


SENSAÇÃO DE PRAZER


MANUTENÇÃO DA SAÚDE


AUTO-ESTIMA


SOCIABILIDADE


VIDA SAUDÁVEL













 











PSICOLOGIA DO ESPORTE - MOTIVAÇÃO - Prof. (Nado)

PSICOLOGIA DO ESPORTE

Élida Saraiva de Oliveira

Michele Rosner

Ronaldo Cardoso Batista

Motivação

O que é motivação?

     Motivação poderia ser simplesmente como a direção e a intensidade de nossos esforços. (SAGE, 1977).

     Direção de esforço: refere-se a um individuo procurar, aproximar-se ou ser atraído a certas situações.


     Intensidade de esforço: refere-se a quanto esforço uma pessoa coloca em uma determinada situação.

     “A melhor maneira de entender motivação é considerar tanto a pessoa como a situação e o modo como elas interagem”.

Cinco Diretrizes Para Desenvolver a Motivação.
  • Tanto as situações como os traços motivam as pessoas.
  • As pessoas tem vários motivos para envolverem-se.
  • Mudar o ambiente para aumentar a motivação.
  • Os lideres influenciam a motivação.
  • Usar mudanças de comportamentos para alterar motivos indesejáveis do participante.

     Como líder reconheça que você é fundamental ao ambiente motivacional e que você influencia a motivação direta ou indiretamente.

     Três visões de motivação: incluem a visão centrada no traço, a visão centrada na situação e a visão interacional. Entre esses modelos de motivação, a visão interacional, indivíduo situação, é mais útil para orientar a prática profissional.

     Motivação para a realização refere-se aos esforços de uma pessoa de dominar uma tarefa, sublimar seus limites, superar obstáculos, desempenhar melhor que os outros e ter orgulho em escrever seu talento.

     Motivação para competitividade é uma disposição de luta por satisfação ao fazer comparações com algum padrão de superioridade na presença de avaliadores.

     “A teoria da atribuição focaliza-se em como os indivíduos explicam seus sucessos e fracassos.”

     A maneira como a pessoa explica ou atribui seu empenho afeta suas expectativas e reações emocionais, que, por sua vez, influenciam a futura motivação para realização.

     “Ensinar crianças em situações de sala de aula a substituírem atribuições de falta de capacidade por atribuições por falta de esforço, ajuda a aliviar diminuições de desempenho após fracasso.”

Mensagem: Deficiência

Deficiente

É aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono de seu destino;


Louco

É quem não procura ser feliz com o que possui;

Cego

É aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria. E só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores;

Surdo

É aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou um apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir os seus tostões no fim do mês;

Mudo

É aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia;

Paralítico

É quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda;


Diabético

É quem não consegue ser doce;

Anão

É quem não consegue deixar o amor crescer, e finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois,

Miseráveis

São todos que não conseguem falar com Deus.


A amizade é um amor que nunca morre.
(Mário Quintana)

Obrigado Pela Atenção
Procuramos ter o Máximo de
Motivação

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

LAZER, MEIO AMBIENTE E ATIVIDADE FÍSICA ATRAVÉS DO PARADIGMA BIOECOLÓGICO - Prof. (Nado) Ronaldo Cardoso Batista

Lazer, Meio Ambiente e Atividade Física Através do Paradigma Bioecológico

Élida de Oliveira Saraiva


Michele Rosner

Ronaldo Cardoso Batista
 
 
 
Possibilidade de Integração Numa Perspectiva Ecológica, um Novo Rumo ao Lazer
 
 
 
A palavra ecologia tem recebido várias definições, dentre elas podemos classificar três grupos:
 
  • Ecologia como conjunto de ciências que enfatiza a inter-relação dos organismos e seus ambientes;


  • Se refere aos padrões de relações entre organismos e ambientes;

  • Ecológico como ramo da sociologia que estuda as relações comunidade humana e seus ambientes; 

  • Como disciplina cientifica se preocupa com os processos que governam as formas de vida menos desenvolvidas.
 
     Guattari (1990) clama por uma articulação ético-política (ecosofia), ecologia ambiental; social; mental, onde as duas últimas categorias são compreendidas como ecologia humana.
 
Ecologia humana e suas classificações (Eufrásio 1999)
Síntese abrangente de diversos campos de ciências naturais e sociais.


  • Estudo das relações homem e seu meios ambiente;

  • Aplicações de explicações da biologia (fatos sociais);

  • Estudo das distribuições espaciais dos fenômenos humanos;

  • Estudo dos locais;

  • Estudos das relações subsociais entre os homens.

     Ophuls (1977) nos diz que a ecologia é mostrada como uma disciplina que estuda os processos que governam as formas de vida “menos desenvolvidas” em seus ambientes naturais, sem intervenção humana.

Critica a Abordagem Científica

Fragmentação do fenômeno observado, pela ótica vê a natureza sem o ser humano, que é também parte do mundo natural.



Ecologia do Desenvolvimento Humano

  • Denominação usada na psicologia centrada na indissociabilidade das características humanas em constante desenvolvimento e transformações;
  • Ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e por delineamento;
  • Modelo ecológico composto por quatro sistemas.
Microssistema

Estruturado nas atividades, relações interpessoais e os papéis.

Mesossistema

Participação ativa de um sujeito em mais de um microssistema.

Ecossistema

Ambientes em que o sujeito não participa.

Macrossistema

Os sistemas acima seriam os atributos da pessoa.



Lazer, Meio Ambiente e os Espaços Urbanos

  • Preservar as reservas naturais x crescimento demográfico;


  • Dependência do ser humano da utilização dos recursos;

  • Equilíbrio entre meio ambiente x espaço urbano;

  • Políticas públicas orientadas para o equilíbrio sustentável;

  • Valorização dos espaços urbanos (aptos ao invés de casas) divisão de espaços, população carente;

  • Impacto no lazer.

Lazer Atividade Física e Qualidade de Vida

  • Desafios atuais Atividade Física x Qualidade de vida. Responsabilidade dos profissionais de Educação Física;


  • Atividade física caminho para a qualidade de vida, vencimento do sedentarismo;

  • Busca da aliança da prática esportiva a ambientes naturais;

  • Emergência da qualidade e da pessoa num novo contexto pedagógico.

Tipos de Pedagogias

  • Da dor: que vai da dúvida, sacrifício a interrogação até a superação;


  • Do desejo: de encher o vazio, contra o comodismo;

  • Da modéstia: a mais humana, da tolerância da aceitação do outro como um igual;

  • Do Eu Moral: de orientar o desporto, natureza cenário ideal para atividade física.

Conclusão

Propõe prática de atividades físicas que garanta aos praticantes o direito ao lazer, ao mesmo tempo a preservação da natureza sem condenar um a viver sem o outro.


A prática de atividades físicas visando o lazer e a qualidade de vida leva ao conceito de ecologia do desenvolvimento humano, onde o homem interage com a natureza equilibradamente, mesmo que quando necessário reconstruir e recupera-lo.

A qualidade de vida através de atividades físicas não depende do ambiente físico, mas das relações entre os praticantes.


A escolha de parceiros do esporte deve ser recíproca e afetiva, para ser equilibrada o que assegurará uma perspectiva ecológica da trilogia Lazer, Meio Ambiente e Atividade Física.

Considerações

O texto apresenta a realização de atividades físicas para o ser humano no meio ambiente, onde o respeito desta interação deve ser recíproco.


Alerta para o crescimento demográfico que pode interferir nessa relação uma vez que a população vem crescendo vertiginosamente e os espaços físicos são reduzidos.

A população mais carente esta substituindo casas por aptos evitando o comprometimento do meio ambiente.

 Mas, para a busca da qualidade de vida e lazer o que leva a prática da atividade física não há a dependência do espaço mas a busca da interação equilibrando o meio ambiente com o ser humano onde a natureza pode ser preservada pelos praticantes e, ainda, a escolha destes, recíproca e afetiva garantindo a perspectiva de Atividade Física, Lazer e Meio Ambiente



LAZER, MEIO AMBIENTE E ATIVIDADE FÍSICA: uma trilogia interpretada através do paradigma bioecológico Ruy Jornada Krebs